Houve um tempo em que as mulheres não podiam assistir e muito menor praticar esportes. Muita coisa mudou e, apesar das atletas ainda sofrerem muito preconceito e enfrentarem dificuldades diárias, o esporte feminino ganha cada vez mais força. E para comemorar o Dia Internacional da Mulher em grande estilo, aqui estão 12 momentos históricos das mulheres no esporte.
No início do século 20, Babe Didrikson fez história ao ser considerada uma multiatleta. Isso se deve ao fato de que ela participou dos Jogos Olímpicos de 1932 em três modalidades diferentes. Como se isso já não bastasse, ela ainda se sagrou campeã nos 80m com barreiras e no lançamento de dardo. Para completar, ela também ficou com a prata no salto com altura.
Um tempo depois, ela ainda foi destaque no golfe. Sem falar que Babe praticava beisebol e basquete. Era realmente, uma multiatleta.
Você sabia que em 1896, as mulheres ainda eram proibidas de participar dos Jogos Olímpicos? Para protestar contra isso, a grega Stamati Revithi realizou o mesmo percurso da maratona, porém do lado de fora do estádio.
Ela conseguiu concluir a prova em 4 horas e meia, tempo menor do que muitos homens que participavam oficialmente da competição. Porém, não obteve o reconhecimento do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Em 1900, a tenista Charlotte Cooper foi a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro olímpica. Vale ressaltar que na época, as mulheres só podiam competir em dois esportes: tênis e golfe. Sem falar que as vencedoras não ganhavam a coroa de oliveira, por serem consideradas “participantes extra oficiais”.
A atleta protagonizou uma das cenas mais marcantes dos Jogos Olímpicos ao cruzar a linha de chegada com câimbras, exausta, mas sem desistir da prova. No ano da primeira maratona olímpica feminina da história das Olimpíadas, Gabrielle se tornou um grande exemplo para atletas de todo o mundo.
Em 1932, Maria Lenk foi a primeira brasileira a participar dos Jogos Olímpicos. Com apenas 17 anos, ela incentivou mulheres de todo o país a fazerem o mesmo, mesmo em uma época onde elas ainda não eram reconhecidas como verdadeiras atletas olímpicas.
Vale lembrar que Maria também é a única mulher do país a entrar para o Hall da Fama da natação.
Aos 14 anos, Nadia Comaneci entrou para a história do esporte mundial quando conseguiu o primeiro 10 da ginástica olímpica. Em toda a sua carreira, a atleta conquistou 5 medalhas de ouro olímpicas, dois títulos mundiais e outras 4 medalhas nos Jogos Olímpicos.
Um dos principais destaques entre as mulheres no esporte é Hortência. Ídolo do basquete no nosso país, ela fez parte dos anos dourados da Seleção Brasileira Feminina. Junto com o restante da equipe, conquistou um mundial, um Pan-Americano e uma prata olímpica. A ex-atleta também faz parte do Hall da Fama.
Você sabia que para Michael Phelps ser o atleta com o maior número de medalhas olímpicas, ele precisou passar a ginasta Larissa Latynina? Por 48 anos, Larissa era detentora do recorde, com 18 medalhas no total, sendo 9 delas de ouro.
Aos 37 anos, a esquiadora norueguesa mostra a força das mulheres no esporte. Nos Jogos de Inverno de 2018, ela conquistou sua 15ª medalha olímpica, se tornando a atleta com o maior número de títulos da história dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Outro grande nome do esporte feminino, Steffi Graf é a única tenista da história, entre homens e mulheres, a conquistar um Golden Slam. No tênis, “Golden Slam” significa que um mesmo atleta venceu os Jogos Olímpicos e todos os Grand Slams da temporada.
Danica Patrick foi a primeira mulher a vencer a Fórmula Indy, em 2008. No ano seguinte, também foi a primeira a subir no pódio nas 500 milhas de Indianápolis, ficando na terceira colocação. Em 2010 passou a disputar a NASCAR e em 2011 foi a mulher a ter o melhor resultado na categoria, com a quarta posição.
Finalmente, não poderíamos deixar a “Rainha Marta” de fora dessa lista de momentos históricos do esporte feminino. Ela acumula títulos coletivos e individuais. Com duas medalhas de prata em Olimpíadas, a artilheira da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2007 foi considerada a Melhor Jogadora de Futebol do Mundo pela Fifa, em 6 oportunidades.
Marta é uma das mulheres que mostram que o Brasil é o país do futebol, mas esse título não se deve apenas aos homens. A atleta faz parte da geração mais vitoriosa do futebol feminino brasileiro, que segue fazendo história. O último ano, inclusive, acumulou boas notícias para a continuação da profissionalização do esporte.